sexta-feira, 24 de julho de 2009

Existem tantas pessoas,
E andamos sempre sozinhos.
Eu viro as costas ao mundo e como o meu McChicken menu de verão,
fico a observar lá de cima.

Estamos sempre acompanhados,
mas sempre sozinhos.
A senhora que vende as suas bijuterias,
Coitada,
Essa está mais que solitária.
Enrolada de fios, anéis e sei lá que mais...
E se lhe roubam?

Temo que já tenha acontecido,
mas tinha um sorriso estranho e despreocupado.

E a florista?
Passa os dias a andar dum lado para o outro, naquele espaço menor que o coração de alguns.
Rega as plantas todos os dias.
Corta-as.
Arranja-as.
Sozinha!
Estão sempre bonitas e felizes,
E o espaço é sempre o mesmo.

Ele, o espaço, já deve estar farto dela por o pisar tanto,
Mal sabe ele que é ela que lhe dá brilho.

Olha Dido, se fui um poeta, se fui um amante do Rei, ou se ganhei uma guerra... não sei.
Mas se o fiz sozinho...
Preferia tê-lo feito acompanhado.

Um comentário:

  1. PROPS.

    AMO-TE.

    EU SEI QUE TU TENS UM PODER NA TERRA.
    EU SEI, IVO.

    SE CALHAR POR ISSO É QUE SOMOS AMANTES.

    ResponderExcluir